sábado, 30 de março de 2013

7 maus hábitos dos fracos líderes

Não são os 7 pecados mortais, mas são os 7 maus hábitos presentes nos líderes fracos, identificados por Eric Jackson na Forbes. Mesmo em Portugal temos bons líderes em todas as áreas (na política, nas empresas, no desporto, etc.) mas a verdade é que a corrupção, o nepotismo e a mediocridade tem-nos trazido cada vez mais fracos líderes.

O 1º mau hábito é verem-se a si próprios como dominadores. Este é talvez o hábito mais insidioso porque é altamente desejável. Quem não gosta de dominar, de decidir, de mandar? O problema é que esta forma sobranceira e prepotente de estar, leva os fracos líderes a nunca questionam o seu domínio e deixarem de conseguir discernir que estão à mercê das circunstâncias. Amiúde tendem a subestimar o alcance do seu domínio e a desprezar o papel da conjuntura e das circunstâncias no seu sucesso. Os líderes que caem nesta armadilha sofrem com a ilusão da preeminência pessoal, vendo-se como donos das suas organizações. Para eles, todas as outras pessoas que fazem parte da organização, apenas existem para executar as suas ordens. O sintoma é a falta de respeito pelo próximo.

O 2º mau hábito é identificarem-se demasiado com a organização. Este hábito pode por vezes parecer benéfico, porque queremos líderes empenhados e totalmente alinhados com a organização, mas a verdade é que a realidade confirma o ditado: “o que é demais é erro”. Frequentemente acabam por perder a noção da fronteira entre o interesse pessoal e o colectivo. E ao invés de tratarem as organizações para ter sucesso, os fracos líderes tratam-nas como sendo extensões de si próprios. Líderes com esta visão, usam frequentemente as organizações para atingir ambições pessoais e desviam recursos financeiros da organização, para uso pessoal. Alguns, com percursos longos e notáveis, tendem a pensar que deram tanto à organização, que qualquer despesa em proveito próprio é trivial. O sintoma é a falta de carácter.

 O 3º mau hábito é julgarem que têm todas as respostas. Esta é uma imagem que durante anos fomos habituados a cultivar nos nossos líderes. Que seriam homens fora de série, quase omniscientes, capazes de decidir e responder rapidamente a qualquer desafio. Mas diz a sabedoria popular que “depressa e bem, não há quem”. Os líderes que decidem sozinhos e depressa (a quem normalmente chamamos determinados) deixam escapar os pormenores e não compreendem bem a situação. Pior ainda é, pelo facto de acharem que têm as respostas todas, nem sequer se dão ao trabalho de consultar alguém. Na verdade os líderes que querem ter todas as respostas tendem a calar outros pontos de vista. O sintoma é a falta de seguidores.

O 4º mau hábito é cruelmente eliminarem todos aqueles que não estão cegamente de acordo consigo. Os fracos líderes querem incutir a sua visão e forçar todos a acreditarem nela. Para eles, “quem não está comigo, está contra mim”, e assim sendo só existem 2 opções para quem trabalha com estes líderes: junta-se a eles ou sai. O problema deste mau hábito é que é desnecessário e ao mesmo tempo destrutivo. Não é condição essencial, para um líder ter sucesso, ter unanimidade à sua volta. Aliás, é até benéfico ter gente com opiniões e visões diferentes, pois essa é a única possibilidade de encontrar (e consequentemente corrigir) problemas e erros. E acreditem que eles acontecem porque ninguém é perfeito. Na maioria das vezes, os líderes que tendem a sufocar quem deles discorda, acabam por cair sozinhos, levando a organização consigo. O sintoma é o mau estar e o abandono dos mais directos colaboradores.

O 5º mau hábito é serem demasiado bons oradores e obcecados com a sua imagem. Isto é mais natural nos líderes de organizações mediáticas. O problema é que, no meio de tanto “espectáculo”, de tanta dedicação às “relações públicas”, o foco na organização e nos seus objectivos começa a tornar-se menor, desleixando a gestão e falhando metas. A consequência disso é novo erro: ao invés de procurarem grandes realizações, começam apenas a preocupar-se com a aparência do pouco que vão conseguindo. Além do mais, os líderes que são obcecados pela sua imagem, cedem à tentação de gastar demasiados recursos financeiros para a promoverem, ao invés de investirem ou pouparem. O sintoma é a constante procura de atenção.

O 6º mau hábito é subestimarem os obstáculos que podem surgir. Parte do fascínio de ser um líder é a oportunidade de poder assumir e perseguir uma visão. No entanto, quando os líderes ficam demasiado encantados com a sua própria visão, começam a ignorar ou subestimar as reais dificuldades que se podem colocar no seu caminho. E quando estas se colocam, e se mostram mais difíceis de ultrapassar do que o previsto, os fracos líderes mergulham invariavelmente num abismo. Em vez de reanalisarem e reavaliarem a situação, caem em desgraça. São incapazes de reconhecer o erro e alterar o rumo, porque acham que isso os enfraquece como líderes. O sintoma é ser-se megalómano, exagerado e demasiado determinado.

O 7º mau hábito é apoiarem-se constantemente no sucesso do passado. Muitos líderes acabam por baquear pelo facto de se quererem aproveitar demasiados do que acham ser os seus pontos fortes, e por evitarem sair da sua zona de conforto. Acabam portanto por se agarrar a um modelo estático e estagnam. Insistem em receitas ultrapassadas e ideias antigas, usadas em tempos passados. Além disso não consideram os cenários presentes e futuros, as inovações, as evoluções. Ao invés de se adaptarem às novas circunstâncias, usam a sua carreira como único ponto de referência, e repetem o que no passado lhes trouxe êxito. O sintoma é constantemente referirem o que fizeram de bom no passado. Conclusão, se o leitor é um líder e comete estes erros, é melhor começar a pensar em mudar a sua maneira de ser, de estar e de agir. Se por outro lado o leitor não é, mas tem um líder assim, mais vale começar a pensar em abandonar a organização e procurar novos desafios, novas paragens.

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